Ler fanfics
O mundinho AO3, algumas reflexões sobre fanfiction e recomendações para quem quer cair no buraco Dramione!
(a capa deste post é do instagram @oxfordlemon)
Houve uma época em que tudo na internet era mato e todos os fãs de alguma coisa precisavam fazer pelo menos um pouquinho de esforço para encontrar a sua comunidade. No meu caso, ela tomou forma pela primeira vez em uma página do Orkut chamada Fanfics McFly, onde um monte de outras pessoas (algumas, tão pré-adolescentes quanto eu!) publicavam suas histórias de amor com membros da boyband britânica mais charmosa dos anos 2000-2010.
Pode não parecer, mas, antes das Y/N, do Harry Styles e dos casamentos por conveniência, nós já estávamos saindo de casa com um coque frouxo, um All Star e uma maçã de café da manhã para tropeçarmos no amor da nossa vida a caminho do Starbucks (que, aliás, não existia no Brasil). Nós já não éramos como as outras garotas, preferindo ler e não usar maquiagem. Nós já estávamos criando cenários abertamente homoeróticos nos quais Flones (Tom Fletcher/Danny Jones) ou Pudd (Dougie Poynter/Harry Judd) eram mais do que um sonho coletivo de um fandom. Nós, e toda a tradição literária da fanfic que nos antecedeu.
Ao longo da minha pré-adolescência, fui uma ávida consumidora de fanfics — principalmente, mas não só do McFly. Afinal, tudo que eu amava podia virar uma história construída do meu jeito, sem os defeitos que me incomodavam nas histórias originais: se eu era Team Jacob (um surto que durou pouco tempo, graças a Deus), o Edward podia ser o vilão; a Miley Cyrus podia namorar o Nick Jonas para sempre; a Sharpay podia acabar com o Troy. Dentro do meu computador, todos os cenários eram possíveis, e brincar de imaginá-los era uma maneira de escapar da minha realidade para viver no mundo ideal — um mundo onde o Dougie Poynter percebia, ao me ver na plateia de um show, que nós éramos feitos um para o outro.
Durante esses importantes anos de formação, fui uma participante ativa de comunidades do Facebook dedicadas à escrita de fanfics (e de webstories), aprendi HMTL no ódio, descobri como baixar ilegalmente o software do Photoshop. Li Sábado à noite enquanto usava o MSN, estourei meu limite de SMS falando sobre cenas perfeitas demais para serem lidas só por mim, estreitei laços que mantenho até hoje, descobri as delícias inexplicáveis de ser tão fã de uma coisa que o mundo sem ela parece nem fazer sentido. Em algum momento de 2013, tropecei em uma fanfic de Gilmore Girls tão boa (infelizmente, incompleta e abandonada) que lembro de lê-la com as mãos tremendo, falando com a minha melhor amiga não é possível que isso exista, que esse Logan exista, que essa história exista.
O que eu quero dizer é: eu vivi intensamente o universo das fanfics, o FFOBS, o fim das comunidades no Orkut, a transferência para o tumblr. Demorei para descobrir o AO3 (muito em parte porque não lia em inglês), mas frequentei todos os sites de fanfic que surgiram no Brasil nesse meio tempo. Durante anos, essa foi a realidade literária que eu mais conheci. Até que, um dia, eu simplesmente parei de ler.
Não existe um motivo exato para as fanfics deixarem de fazer parte da minha vida, mas gosto de aproveitar (mais) essa oportunidade para culpar o Facebook, que matou o Orkut e levou embora, com ele, as minhas comunidades consolidadas. A verdade, porém, é que, em algum momento dessa transição para a adolescência, o modo como as nossas relações se estruturavam na internet também mudou: o MSN deixou de existir, o Facebook virou a rede social do momento, o Instagram nasceu. E, ainda que as redes sociais fossem muito mais palatáveis naquela época, as minhas pessoas se dividiram em regiões distintas, de modo que ficou muito mais difícil manter uma rotina de leitura online que não estivesse associada ao meu feed RSS do Blogger. Aos poucos, o hábito (e o interesse) de procurar por essas coisas morreu.
Felizmente, porém, cerca de dez anos depois o TikTok entrou em cena. Com ele, voltei a ser alguém que consume conteúdo sobre literatura e, por conta disso, descobri o fenômeno Manacled. A bem da verdade, cheguei atrasada para a festa (a fanfic foi escrita entre 2018 e 2019), e não “descobri” Manacled — fui atacada por ela, já que o meu algoritmo se recusava a entender que eu não tinha interesse em ler uma fanfic dramione (Draco Malfoy/Hermione Granger) baseada em O conto da aia (que, aliás, não li; só vi a primeira temporada da adaptação).
Apesar dos meus esforços, as recomendações e reviews só pararam de aparecer quando eu decidi, como quem não quer nada, ver qual era o motivo da bagunça. Em uma noite deprimida de dezembro de 2023, abri o archive of our own (AO3) e baixei, em formato epub, um calhamaço de mais de 370 mil palavras — aproximadamente, 1500 páginas —, dividido em três partes. Manacled foi o meu primeiro (e único) dark romance e também a minha primeira fanfic dramione.
Mais do que isso, porém, Manacled foi o motivo do meu colapso e a coisa que me fez cair de vez (ou mais uma vez) no buraco das fanfictions.
Desde dezembro, portanto, tenho pensado muito sobre ler fanfics. Brinquei com a minha antiga orientadora que vou voltar a pesquisar cultura pop só para ter uma razão para me debruçar sobre esse universo (é pesquisa! é ciência!), mas a verdade é que, mesmo sem tempo hábil para me dedicar às fanfics como gostaria (academicamente), ainda passo uma grande parte do meu tempo refletindo sobre por que eu voltei a ser uma pessoa que as lê. Mais que isso: por que parece, pelo menos por agora, que esse é o tipo de leitura que eu não me imagino deixando de lado.
Parte desse apego tem a ver, eu sei, com o fato de que, desde dezembro, estou em um país novo, sozinha e ansiosa, lidando com situações que não imaginava que apareceriam na minha frente. E, apesar de não ter crescido com Harry Potter, o universo das fanfics dramione oferece uma familiaridade agradável, um conforto que outros livros não podem me prometer. Eu conheço a Hermione Granger e o Draco Malfoy e eu sei até onde esses personagens podem me machucar — e isso já é mais do que eu tenho em qualquer outro lugar, pelo menos nesse período fora da minha zona de conforto.
Também suspeito que parte desse processo de voltar às fanfics com mais frequência tem raiz em uma identificação tardia com quem a Hermione é, ou com quem ela costuma ser nesses cenários. Não fui alguém que a teve como modelo (dediquei toda a minha personalidade à Rory Gilmore, vejam bem), mas consigo me ver refletida em outra overachiever que está a dois passos de um diagnóstico de burnout e que ignora todos os alertas porque ainda consegue ler três frases de um livro antes de desmaiar de cansaço no sofá. Esse espelho poderia existir em outros livros (como com frequência acontece), mas nas fanfics ele é certeiro, de modo que eu sei que vou abrir uma aba nova do AO3 para me ver lá dentro. E se a Hermione consegue navegar por todos aqueles cenários (alguns verdadeiramente horrorosos) e encontrar, dentro deles, alguma paz ou alguma saída (ou o Draco Malfoy), então talvez eu também consiga.
O argumento final, no entanto, é um pouco mais profundo do que isso. Acontece que, desde dezembro, mas principalmente desde o fim de janeiro, tenho sido obrigada a viajar no tempo e lidar com a Amanda de alguns anos atrás — com suas dúvidas e seus medos e sua solidão e seus sonhos e seus objetivos. Tem sido um processo muito maluco de estar dentro e fora de um luto por mim mesma, e as fanfics são, eu acho, uma espécie de túnel do tempo que me levam de volta ao período em que muitas cicatrizes ainda estavam abertas, ou sendo formadas, e me oferecem a possibilidade de olhar para elas com alguma distância e algum carinho, talvez até de fechá-las.
Há alguns meses, quando comecei a pensar sobre o assunto, escrevi:
Alguma coisa em mim fica mais viva quando leio fanfics. Não sei explicar. Queria conseguir traduzir o sentimento, mas pra mim é muito semelhante à sensação de começar a gostar de alguém. De repente existe mais vida. De repente eu também quero fazer coisas, viver a minha vida, compartilhar momentos com quem eu amo. De repente eu também sinto que preciso desvendar um mistério ou resolver charadas. De repente eu também sei que existe um luto muito grande dentro de mim e que eu preciso acessá-lo de alguma maneira. De uma maneira que faça sentido e seja bonita e tenha um pouco de mágica.
De lá para cá, foram muitas as vezes que, enquanto lia uma fanfic ou outra, esse pensamento de cacete, acho que estou um pouquinho mais viva por causa disso voltou a ocupar a minha cabeça. O que, eu sei, parece um pouco estranho, porque continuo sendo alguém com o nariz enfiado em um livro (embora não literalmente), vivendo aventuras através de pessoas que não existem de fato, em vez de sair de casa e ir fazer alguma coisa por mim mesma. Mas, ao mesmo tempo, é justamente por me sentir dessa forma que eu consigo me convencer a deixar a minha casa, a continuar a pesquisa, a fazer planos para o futuro.
No fim, voltar a ler fanfics também tem sido uma maneira de recuperar uma parte de mim que sinto que perdi, ou que pelo menos não soube como manter tão viva quanto eu gostaria ao longo da última década. Este é um sentimento difícil de elaborar, e concordo que foi meio esquisito chegar ao fundo do poço e encontrar lá o meu kindle e o Draco Malfoy, mas, no fim das contas, acho que a literatura sempre foi esse espaço em que eu me permitia fazer uma pausa (às vezes curta, às vezes enorme) para reorganizar as ideias, entender quem eu sou, descobrir onde eu quero chegar. Se agora essa literatura é cheia de loiros de caráter duvidoso, um ou outro uso inapropriado de certos anéis e um gato aparentemente imortal, bem, não sou eu que vou questionar.
Algumas fanfics, alguns comentários
Desde que todo esse surto fanfiqueiro (re)começou, li 6 fanfics — o que parece (e é!) pouco, mas, em minha defesa, duas delas tinham pelo menos mil páginas. Todas foram Dramione, explícitas e, honestamente, muito boas. Digo com tranquilidade que não existe nesta lista uma única peça de literatura que não seja excelente, mas, como não tenho tantas oportunidades quanto gostaria de fazê-lo, vou explicar o porquê.
🚨 Atenção: Todos estes trabalhos estão disponíveis gratuitamente no AO3 e a comercialização de edições encadernadas não só não é autorizada pelas pessoas que escreveram as fanfics recomendadas, como também é uma puta falta de respeito. Por favor, não caiam na armadilha de dar dinheiro para pessoas aleatórias só por conta de uma cópia física. Obrigada.
Manacled, por senlinyu
Manacled é uma adaptação d’O conto da aia que se passa em uma realidade em que Voldemort ganhou a Batalha de Hogwarts e Harry Potter está morto. Entre os esforços empreendidos para estabelecer o seu poder como Lorde das Trevas e minimizar os efeitos colaterais da guerra, Voldemort adota um plano de repopulação entre bruxos de sangue puro.
Quando esse plano começa a dar errado (porque a gestação mágica é difícil e não é todo mundo que sobrevive ou sequer pode tentar passar pelo processo), ele decide fazer um novo teste: Hermione Granger, a única sobrevivente da Ordem da Fênix, encontrada sem memória seis anos após a Batalha de Hogwarts, é “cedida” ao Draco Malfoy, braço direito de Voldemort, para servir, de modo simplificado, como escrava sexual. Seu objetivo é fazer com que Hermione engravide e, depois, ceda o bebê à família Malfoy — projeto que, se bem-sucedido, será reproduzido com outras aias, em outras famílias importantes.
A história é contada em três partes e em dois momentos: o presente e os meses imediatamente depois da morte do Harry. Ao longo da narrativa, começamos a entender melhor o que aconteceu com toda a Ordem da Fênix, por que a Hermione não tem memórias e qual é a relação real entre ela e o Draco.
E, gente, juro por Deus, é só paulada.
Este é o tipo de fanfic sobre a qual não posso falar sem estragar a experiência de leitura. Por isso, me limito a avisar que os temas abordados são bastante pesados (não só fisicamente, mas sobretudo emocionalmente) (leiam as tags!), e que às vezes parece que você não consegue respirar, mas é tudo tão bem escrito, tão amarradinho, tão bonito, tão trágico (do jeito grego) que não dá pra parar de ler. Sim, são 1.500 páginas. Sim, vale cada segundo.
Green Light, por SereneMusafir
Em Green Light, Hermione e Draco se unem a um grupo de pesquisadores e partem em uma expedição que busca encontrar uma caverna mágica que, para todos os efeitos, não existe de verdade. Ao longo desse processo, eles viajam por uma série de lugares maravilhosos e conversam sobre as implicações do pós-guerra em suas respectivas vidas.
A história é baseada em dois outros romances — O grande Gatsby e A paciente silenciosa —, dos quais só conheço o primeiro, e posso atestar que os elementos estão todos ali. Draco Malfoy poderia ser Jay Gatsby, com a melancolia, a paixão, o dinheiro, as festas, e só por isso acho que a leitura é válida. Vale mencionar também que a narrativa tem início quando o Malfoy, depois de anos “desaparecido”, resolve enfim conversar com uma jornalista sobre tudo o que aconteceu nos últimos anos.
Esta é uma das melhores fanfics que já li e também a que mais me fez chorar. Contada em três partes, tudo nela é um pouco triste e um pouco perfeito, o que nem sempre é bom, mas deixa aquela sensação de “puts, é exatamente isso que precisava acontecer”. Os assuntos com os quais ela lida também são consideravelmente pesados (de novo: não ignorem as tags!), mas cada segundo agarrada com o meu kindle valeu a pena. Pra quem gosta de uma fanfic baseada em plot, e não em tropes, não tem melhor.
Draco Malfoy and the mortifying ordeal of being in love, por isthisselfcare
Em DMatMOoBiL, Draco é um auror encarregado de proteger a Hermione enquanto ela trabalha em um projeto ultrassecreto, com o potencial de mudar a vida de toda a comunidade bruxa. Apesar de não saber do que se trata a sua pesquisa, ele fica responsável pela segurança de uma das “mais promissoras cientistas de seu tempo” enquanto ela está frequentemente colocando a própria vida em risco para encontrar os materiais necessários para transformar o mundo.
A história é contada do ponto de vista do Draco e é uma das narrativas que melhor se apropria do tom sonserino que já vi, contando as piadas certas nos momentos certos e dando ao Malfoy o tipo de profundidade que vai muito além do “meus pais me criaram de certa forma e eu demorei para entender como eles estavam errados”. É uma fanfic genuinamente divertida, que trabalha todas as melhores tropes e que deixa uma sensação de desespero que só os mais refinados slow burns conseguem alcançar. Além disso, Theo Nott é parte fundamental da narrativa e isso só torna tudo muito melhor.
É, invariavelmente, um romance, mas o trabalho da Hermione também é bem construído e o enredo se sustenta mesmo quando a gente tira todas as cenas românticas. Pra além disso, é uma fanfic em que o Malfoy diz as palavras Granger, tell your cat I said ps ps ps, e se isso sozinho não for um motivo de leitura, eu não sei o que mais seria.
Divination for skeptics, por oliveblake
Em Divination for skeptics, George Weasley (com a ajuda da Hermione) inventa uma espécie de poção que indica, a quem decidir tomá-la, o nível de compatibilidade amorosa entre você e todas as outras pessoas. O número, porém, é anônimo: só quem usa a poção pode vê-lo, e só os pares sabem a porcentagem em que são compatíveis. O resultado, é claro, é estrondoso: todo o mundo bruxo britânico decide experimentar, e, como consequência, metade dos nossos casais queridinhos deixa de existir.
No meio desse surto coletivo, Hermione percebe um problema: a compatibilidade dela com um certo loiro começa mais ou menos como ela esperava, mas, ao contrário da porcentagem do resto do mundo, aumenta um pouquinho a cada vez. Por quê?
Esta é outra fanfic muito, muito divertida de ler, com uma participação indispensável do meu queridíssimo Theo Nott, e que é focada principalmente no relacionamento entre o Draco e a Hermione. O enredo não vai muito além disso, mas é bem construído e com bons personagens secundários. Se você precisa de alguma coisa levinha e agradável para acompanhar o seu fim de semana enquanto você balança os pés e dá risadinhas, é perfeita.
Soft as it began, por rubber_soul02
Soft as it began é, admito, uma fanfic sem muito enredo. Nela, Draco tem uma empresa de segurança privada e é contratado para proteger a Hermione durante uma convenção científica, na França. Isso porque ela está sob a ameaça de um grupo conservador de lobisomens desde que inventou uma poção que cura a licantropia. Para evitar ataques e prejuízos multimilionários aos seus patrocinadores, portanto, ela e Draco precisam passar sete dias completos na cidade mais romântica do mundo. O que poderia dar errado?
A narrativa varia entre o ponto de vista da Hermione e do Draco (sempre em terceira pessoa), e também entre o presente e o passado. Os pontos positivos mais fortes da história estão, pra mim, nesse vai e vem de acontecimentos, que vão costurando e aprofundando sentimentos e ações que, a princípio, parecem meio bobinhos.
Também é uma história com muitos diálogos e me surpreendeu que eles fossem majoritariamente divertidos. Tenho um pouco de preguiça de quem usa o Ron Weasley como artifício narrativo (porque acho ele um personagem fraco, em geral), então deixo apontado esse “ponto negativo”, mas, em geral, é um romancinho gostoso de ler — e muito curtinho.
Who I was with you, por Curly_Kay
Who I was with you é uma fanfic que imagina o mundo depois da derrota do Voldermort com a Hermione como diretora de Hogwarts. No início do seu primeiro ano letivo na posição, ela decide contratar o Draco como professor de Poções, dada a sua fama informal no meio. Ele aceita, e os dois passam a conviver lado a lado outra vez.
Acho que a fanfic faz um bom trabalho em recriar a magia de Hogwarts nesse novo cenário, e também acho que as cenas são bem amarradas e condizentes com o que a gente espera de uma Hermione diretora e de um Draco professor. Gosto dos diálogos e gosto da forma como o plot se constrói, e, de modo geral, acho a execução da proposta muito bem feita, muito divertida de ler e muito gostosinha. Também é uma fanfic mais curta, ideal para os domingos em que a gente só quer ler uma coisa feliz.
🚨 Disclaimer: Este perfil não está alinhado com as posições políticas da autora oficial da série Harry Potter e não acredita (neste caso) na separação entre artista e obra. Concordo que ler fanfics sobre o Draco Malfoy e a Hermione Granger é uma maneira de manter esse universo vivo, mas também é a única maneira (para além da pirataria) que não representa um ganho financeiro direto para a autora e sim para a comunidade (em geral LGBTQIAP+) que fez da série o sucesso que ela é, e por isso é algo que continuo fazendo.
leitora de mentirinha é uma newsletter sem muita peridiciocidade sobre leituras — de livros e de fanfics. também é um perfil no instagram. para receber as próximas edições por e-mail, basta se inscrever:
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